Ex-presidente argentino Néstor Kirchner deve ter alta médica por volta do meio-dia

10/02/2010 - 8h51

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Hospitalizado desde oúltimo domingo (7), o ex-presidente da Argentina e deputado federalNéstor Kirchner, marido da presidente Cristina Kirchner, deve teralta hoje (10) por volta do meio-dia. Ele está internado em umaclínica particular, o Sanatório de Los Arcos, em Buenos Aires.Kirchner foi submetido a uma cirurgia para retirar um bloqueio nacarótida direita. Ontem (9) o secretário nacional deComunicação, Alfredo Scoccimarro, informou que o ex-presidentepassa bem e que jantou na companhia da mulher. Segundo ele, a altamédica estava prevista para hoje às 11h30 – horário de BuenosAires.De acordo com a agência oficial de notícias daArgentina, a Telam, a presidente Cristina Kirchner afirmou terorgulho não só do homem que é seu marido, mas também do "lídermilitante" que ele representa. Para ela, o ex-presidente"inaugurou um novo sistema político na Argentina". “Emuma Argentina que sempre viu entre quatro paredes os presidentes quetomavam decisões impostas de fora”, disse Cristina. “[NéstorKirchner] não só construiu uma Argentina diferente no trabalho,na segurança social, mas principalmente no campo da autoridadepolítica, do poder político”, acrescentou.Durante a internaçãode Kirchner, manifestantes favoráveis ao governo acompanharam dolado de fora da clínica as informações sobre o estado de saúde doex-presidente. Com bandeiras e palavras de motivação, os peronistasaguardam detalhes sobre a internação dele.Para analistaspolíticos argentinos e estrangeiros, Kirchner é o político maisinfluente nas decisões do governo de sua mulher. Nos últimos dias,ele foi acusado pelo ex-presidente do Banco Central, Martín Redrado,de ter se aproveitado da desvalorização do peso durante a criseinternacional em 2008 para adquirir US$ 2 milhões.O governode Cristina Kirchner passa por um momento de tensão política. Porcerca de um mês, a presidente teve divergências com Redrado, quepediu demissão do cargo, mas antes fez críticas e motivou uma sériede reações no Congresso Nacional argentino, cuja maioria é da oposição.