Lísia Gusmão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, evitou endossar odiscurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que pediu aoMinistério Público medidas judiciais para afastar do cargo o governadordo Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), suspeito detentar interferir nas investigações do suposto esquema de corrupção que envolve, além do governador, empresários e deputados distritais. Barreto defendeu, poroutro lado, as ações da Polícia Federal (PF) e garantiu que as críticasnão vão freá-las.“As críticas não vão impedir nem reduzir otrabalho da Polícia Federal. A Polícia Federal é uma polícia que nãopersegue nem protege e vai continuar agindo. Pessoas atingidas porinvestigação ou por operação muitas vezes reclamam, mas não podemosnunca permitir que a Polícia Federal freie suas operações por causadessas reclamações”, disse Barreto, após receber o cargo de seuantecessor, Tarso Genro, que deixou o Ministério da Justiça paradisputar as eleições para governador do Rio Grande do Sul. Barretoé funcionário de carreira do Ministério da Justiça e ocupou, poroito anos, o cargo de diretor do Departamento de Estrangeiros.