Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro do MeioAmbiente, Carlos Minc, criticou a ação de procuradores contra aslicenças concedidas pelo Ibama. Segundo ele, o caso da Usina de BeloMonte (PA) é emblemático. "O procurador foicomo pessoa física em cima desse analista, de 30 anos, com duasfilhinhas, pedindo o bloqueio dos bens do rapaz, porque ele deu oaceite para o prosseguimento dos trabalhos da Belo Monte, não foinem a licença. Para dar início às audiências públicas.As declarações do ministro foram feitas durante a entrega de mapasde um projeto de monitoramento da Mata Atlântica no município doRio de Janeiro, na sede da Pontifícia Universidade Católica(PUC-RJ), zona sul da cidade.“Agora nenhum técnico queassinar nada com medo de que algumas pessoas do Ministério PúblicoFederal vão em cima dele. Tem mais de 70 analistas do Ibama comações de improbidade semelhantes a de Belo Monte”,completou.Minc informou que na segunda-feira (8) se reunirácom o advogado-geral da União e o procurador-geral da Repúblicapara discutir o impasse e buscar um consenso. O ministro disse que éum “fã” do MP e que já o utilizou muitas vezes para fiscalizare acionar obras em desacordo com a lei. “O que não dá é umprocurador ir, como pessoa física, em cima de um técnico, que estáfazendo o trabalho dele”, afirmou.