Crianças são mais vulneráveis ao calor extremo, alerta pediatra

06/02/2010 - 8h52

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ascrianças são mais vulneráveis às chamadas doenças de verão – geralmenterepresentadas por sintomas gastrointestinais – do que os adultos emerecem atenção redobrada nesta época de temperaturas mais elevadas.A avaliação é do pediatra e membro do Conselho Federal de Medicina,Luiz Carlos Beirute.Eleexplicou, em entrevista à Agência Brasil, que dois episódios de vômito ou diarreia, por exemplo, sãosuficientes para provocar desidratação em crianças. Isso porque oorganismo delas necessita de mais água do que o dos adultos parafuncionar. Febre, de acordo com o médico, também é sinal de perigo, jáque também leva à perda de água por meio do suor.Os pais devemficar alertas a sinais como a perda do brilho dos olhos, umsúbito estado inativo e alterações na pele que, nesses casos, fica maisressecada. A orientação para prevenir problemas com as crianças, segundoBeirute, é estimular a ingestão de líquidos e de frutas e verduras –nada de alimentos gordurosos e típicos do verão, como churrascos,salgados e enlatados.“Nos períodos mais quentes, o organismotem dificuldade em processar os alimentos e por isso ocorrem osepisódios de vômito e diarreia”, explicou.Outro cuidado é aexposição ao sol – adultos devem evitar que ela aconteça por mais doque algumas horas e, no caso de crianças, o sol só é permitido antesdas 10h e ao fim da tarde.Ao considerar o período depré-carnaval em quase todo o país, Beirute destacou que os pais devemevitar levar as crianças para aglomerações. O acúmulo de pessoas abre caminhopara a proliferação de viroses e o calor intenso contribui ainda mais.No caso delas, o risco é maior porque o sistema imunológicoainda não está maduro como o de um adulto.”Ao perceber qualquersintoma como febre, vômito e diarreia com mais de 24 horas de duração,os pais devem observar a condição geral do paciente. Se estiverdebilitado, fraco, sonolento, com reações mais lentas, há sinal dealerta. A orientação é procurar um serviço de emergência”, alertou opediatra.