Pequenas empresas precisam reduzir informalidade, diz presidente do Ipea

04/02/2010 - 13h59

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governoprecisa começar a repensar as políticas públicas específicas para ofortalecimento das pequenas empresas, afirmou hoje (4) o presidente doInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Oinstituto divulgou um estudo sobre o emprego nas pequenas empresas, quesão responsáveis por mais da metade dos empregos gerados nos últimos dez anos.Segundo Pochmann, são necessários bancos e instituições públicasespecializadas em atender as necessidades das pequenas empresas. “Aspequenas empresas têm dificuldade de acessar o crédito, ter acesso a subsídios ou isenções fiscais. Para esse segmento de pequenos negócios, que terámaior importância econômica nos próximos anos, vai ser fundamental que oBrasil reorganize as políticas públicas.”Outro pontoque Pochmann ressaltou foi a falta de proteções trabalhistas, poismuitos empregados e pequenos empresários que trabalham por contaprópria estão na informalidade. “Toda vez que não temosregulação não há isonomia de competição, porque há empresário quecontrata com carteira assinada e, portanto, tem mais despesas e háoutros que contratam de foma ilegal”, afirmou.De acordo com oestudo, entre os empregados 40,8% estavam amparados pela legislaçãotrabalhista e 16,7% dos trabalhadores por conta própria tinhamproteção trabalhista. Apenas entre os empregadores a situação éinversa: 55,8% tinham proteção trabalhista.De acordo com a pesquisa, 38,4 milhões das pessoas empregadas em 2008 estavam em empresas com até dez trabalhadores,o que representa 54,4% de todos os postos de trabalho e 57,2% do totalda massa salarial.