Queda da atividade industrial reflete efeitos da crise, avalia Firjan

02/02/2010 - 18h53

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A queda da atividade industrial em 2009 reflete os impactos da crisefinanceira internacional sobre o Brasil e era esperada pelo setor. Aavaliação é do chefe de estudos econômicos da Federação das Indústriasdo Rio de Janeiro (Firjan), Guilherme Mercês.O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (2) que aprodução industrial fechou 2009 com a maior queda dos últimos anos, comredução de 7,4% em relação ao ano anterior. Dos 27 segmentospesquisados, 23 retraíram de um ano para outro.Deacordo com Mercês, o setor industrial sofreu com a redução dosinvestimentos e das exportações da metalurgia e, principalmente, dopetróleo, “carro chefe da indústria fluminense”.“Isso teve um impacto significativo no resultado”, avaliou o economista. Com aretomada da demanda por metalurgia e por petróleo, neste ano, oeconomista da Firjan espera um resultado melhor em 2010 e citaindicadores positivos já no primeiro semestre como o crescimento doemprego e da própria produção industrial trimestre a trimestre.“Opreço do petróleo permanece abaixo do de 2008, mas a recuperação daeconomia mundial, mesmo que gradual, enseja uma recuperação dessespreços”, afirmou.Segundo Mercês, a diversificação daeconomia fluminense também deve contribuir para acelerar o ritmo decrescimento no estado. “A indústria farmacêutica foi bem durante acrise e é um grande exemplo da diversidade e da resistência daindústria do Rio”, concluiu.