OEA vai concentrar ajuda ao Haiti em segurança alimentar e estímulo à geração de emprego

02/02/2010 - 13h38

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Organização dos Estados Americanos (OEA) deve concentrar seus esforços de reorganização do Haiti em uma série de ações específicas, investindo principalmente em segurança alimentar e estímulo à geração de emprego. As recomendações constam do relatório elaborado pelo secretário-adjunto do organismo e presidente do Grupo Amigos do Haiti, Albert Ramdin.Para Randim, a atuação da OEA será direcionada ao restabelecimento das instituições e à execução de programas de educação, cultura e turismo. Segundo ele, garantir alimentos e emprego é fundamental para o reequilíbrio no Hati. Mas também é essencial concentrar os esforços em medidas de sustentabilidade e planejamento estrutural, assim como na defesa dos direitos humanos dos jovens e dos idosos.Pelo relato do secretário-adjunto da OEA, as demais áreas que devem contar com o apoio da entidade são o suporte no setor de governança e instituições do Estado; a assistência técnica para o processo eleitoral, incluindo a continuação de um programa de registro civil que deve ser expandido para outras partes do país; reforço para a retomada do comércio, turismo e investimento, além da promoção de oportunidades de educação por meio de bolsas e convênios em universidades estrangeiras.“A necessidade [no Haiti] é enorme. Evidentemente, a tarefa é complexa, ainda em nossa visita nós sentimos que o governo e o povo do Haiti são muito gratos ao apoio que têm recebido de todos os países", disse Ramdin, em reunião realizada na OEA, referindo-se à sua viagem ao Haiti.No Haiti, Ramdin conversou com o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive e outras autoridades do governo haitiano, e sugeriu medidas para a recuperação do país.A OEA também estuda montar novamente os escritórios no Haiti e na República Dominicana. A sede da entidade em Porto Príncipe foi destruída no terremoto e causou a morte de vários funcionários da OEA - pelo menos 83 morreram e 32 ainda estão desaparecidos.Pelos dados oficiais, cerca de 170 mil pessoas morreram em decorrência do terremoto ocorrido no Haiti. Para o o chefe interino da missão de Paz da Organização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), Edmond Mulet, a reconstrução do Haiti deve levar décadas. O militar lembrou que, em quatro meses, começa a estação das chuvas. Por isso, serão necessárias cerca de 200 mil barracas para abrigar as pessoas que perderam suas casas.