Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O delegado da Seccionalda Polícia Civil de Bauru, Benedito Antônio Valencise, negou que os advogados doMovimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tenham dificuldades para teracesso ao inquérito policial que resultou na prisão de noveintegrantes do movimento.
“O advogado tem totalacesso. Inclusive, já conversei com eles aqui. Estão tendo acesso sim, tranquilo”,disse Valencise.
O movimento reclamou,por meio de nota, que não estão tendo pleno acesso às informações contidas nosinquéritos e classificou a ação policial como uma tentativa de criminalizar ossem terra.
Valencise comandou aoperação que envolveu 150 homens e 42 viaturas para cumprir mandatos de prisãoe busca e apreensão em dois assentamentos do MST, em Borebi e Iaras, nointerior paulista.
De acordo com odelegado, os principais alvos são os líderes da invasão da fazenda da empresaCutrale, em outubro passado. Foram presas sete pessoas em cumprimento amandados de prisão preventiva e outras duas por porte ilegal de armas de fogo.
Entre os presos,Valencise destacou a vereadora de Iaras Rosimeire de Almeida Serpa (PT) e omarido dela, Miguel Serpa, como principais líderes da invasão que destruiuparte do laranjal da Cutrale. De acordo com o delegado, foram apreendidas armasde fogo na residência do casal. Também foi detido o ex-prefeito de IarasEdilson Xavier.