Lupi diz que fiscalização aumentou resgate de trabalhadores no Sudeste

26/01/2010 - 11h54

Isabela Vieira
Enviada Especial
Porto Alegre - O ministro do Trabalho,Carlos Lupi, disse hoje (26) que o reforço da fiscalização contrao trabalho escravo no Sudeste foi responsável pelo aumento do númerode trabalhadores resgatados em condições análogas à de escravidão em 2009 na região – a mais rica do país.“A fiscalização estáagindo com força. Começamos no Norte, onde era a maior incidência,mas, como o maior número de empresas está no Sudeste, a maior parteda população está lá, é normal que os flagrantes estejamcrescendo”, afirmou, durante debate no Fórum Social Mundial, emPorto Alegre.O Ministério Público do Trabalho divulgouontem (25) os dados sobre resgates no país e informou que, pelaprimeira vez , o Sudeste lidera o ranking- com 1,3 mil trabalhadores libertados no ano passado. Geralmente, as primeirasposições são ocupadas pelo Norte e Nordeste.O estado doRio de Janeiro registrou o maior número de trabalhadores nessascondições, 521. Eles foram encontrados em Campos dos Goytacazes, emuma empresa de beneficiamento de cana-de-açúcar. “Mesmo noSudeste há desigualdade, principalmente no interior”, acrescentouo ministro.De acordo com Lupi, programas de conscientizaçãodos direitos trabalhistas implementados no Maranhão, Piauí e Pará,estados com grande número de denúncias de trabalho escravo, tambémcontribuíram para redução de resgates nessas unidadesfederativas.“O menor número de resgates no Norte eNordeste também é reflexo de uma ação preventiva. Isso porque, noano passado, uma única empresa foi flagrada com mais de miltrabalhadores em regime de escravidão”, lembrou o ministro.