Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Para incentivar aleitura, além do bom conteúdo, o fato de o livro ser novo, moderno,pode ajudar. Apostando nisso, a Secretaria de Educação da capitalfluminense quer ampliar as bibliotecas das escolas e creches juntocom os alunos. E deu para cada uma das mais de mil unidades R$ 550para gastar na Bienal do Livro.Os livros devem serescolhidos durante visita das escolas ao evento, que começou hoje(10). No passeio, os cerca de 31 mil estudantes da rede também vãopoder levar livros para casa. É que o ingresso de R$ 4,50 serárevertido para a compra de materiais nos estandes da feira, que sótermina no próximo dia 20.Com o incentivo para acriação de bibliotecas e com a visita dos estudantes à bienal, oque inclui também o transporte e um lanche, o governo municipalinveste cerca de R$ 865 mil. De acordo com o prefeito Eduardo Paes, oobjetivo é elevar a qualidade do ensino nas escolas públicas etentar equiparar o nível de leitura ao das escolas privadas."A rede municipalquer ser padrão nisso [leitura]. Quer andar à frente dasescolas de mais alto nível", afirmou o prefeito. No evento,Paes também anunciou que as 204 escolas com deficientes visuais vãoganhar um acervo especializado, contendo cinco audiolivros, maiscinco livros em braile. Até hoje, nenhuma dessas escolas tinha umabiblioteca adequada.A secretária deEducação, Claudia Costin, acrescentou que ao facilitar a aquisiçãode livros pelas escolas, além da compra normal, as instituiçõestêm mais autonomia para escolher um material ligado à suarealidade.“O mais importante éque são livros atuais, bonitos, modernos. Não é porque a criançaestá em uma escola pública que qualquer livro serve”, destacou.“E a escola sabe com que tipo de criança trabalha. Assim, podeescolher temáticas específicas, de acordo com a faixa etária. E oprofessor pensa em como usar a leitura da melhor forma.”A secretária lembraque um projeto de incentivo à leitura entre os professores doa, acada trimestre, dois livros de literatura para cada um dos docentes.Os livros são escolhidos por votação. As medidas fazem parte doplano Rio, uma cidade de leitores, que tem as iniciativasacompanhadas por uma comissão da sociedade.