Planetário do Rio abre Ano da Astronomia no Brasil

20/01/2009 - 14h29

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Aorigem dos planetas, das estrelas e do universo sempre despertoucuriosidade em todo o mundo. Na tentativa de conhecer o que estavaalém do céu, usando um telescópio, há 400anos, Galileu Galilei mudou a forma de ver o mundo. Agora,pesquisadores querem divulgar a astronomia e chamar atençãopara novas descobertas. Com esse objetivo, o Planetário da cidadedo Rio abre hoje (20) o Ano Internacional da Astronomia no Brasil –a data foi estipulada pela Organização das NaçõesUnidas (ONU). Para o presidente do observatório do Rio, CelsoCunha, essa é uma oportunidade de aliar conhecimento eentretenimento, além de difundir a ciência.“Quando Galileu propôs suas teorias, há400 anos, demonstrando que a órbita dos planetas nãoera circular e, sim, uma elipse, isso teve um impacto profundo”,destacou Cunha. “Podemos provocar novas mudanças por meio dofascínio produzido pelas descobertas astronômicas esinalizar que existem coisas maiores, diferentes das do dia-a-dia.”Como parte das atividades do Ano da Astronomia, oRio receberá, em agosto, 3 mil astrônomos de todo mundoem um congresso. Para o estudioso Luiz Nicolaci, do ObservatórioNacional - órgão do governo federal que faz pesquisasna área – o momento é de estreitar parcerias comoutros países e de fomentar a sistematização daspesquisas.“Acho que já foram descobertos cerca de200 planetas em outros sistemas estelares. O problema é queainda não foi feito um levantamento sistemático, que dêuma amostra estatística válida para tentar entender oprocesso de formação dos sistemas planetários. Éisso que tentamos entender”, afirmou.De acordo com ele, o Brasil não têmrecursos para investir em equipamentos como telescópios, quepossam resultar em novas descobertas. No último levantamento,os pesquisadores brasileiros estimaram investimentos de R$ 15bilhões. No entanto, Nicolaci avalia que o país podecolaborar, trabalhando bancos de dados, por exemplo.“Obviamente, não podemos competir deigual para igual com os Estados Unidos e a Europa, mas podemosparticipar de outros projetos.”Quem não quiser perder as últimasdescobertas sobre o universo, pode participar de atividades do Ano daAstronomia, em todo o país. Somente no período deabertura, de 19 a 28 deste mês, estão previstos cerca200 eventos em várias cidades. Entre eles, a observaçãodo céu com telescópios, atividades em planetáriose mostras. A programaçãoestá no site montado por colaboradores do evento.