Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aotomar posse hoje (20), o novo presidente dos Estados Unidos, BarackObama, direcionou seu discurso aos milhares de americanos que oelegeram, depositando nele a esperança por mudanças.Obama enumerou problemas como a perda de emprego e moradia e afalência de muitas empresas em razão da crise econômica– segundo ele, resultado da ganância e irresponsabilidade.
Citou,ainda, o custo elevado da saúde, a educaçãofalha e a perda de confiança no país. E assegurou: “Osdesafios que enfrentamos são reais, sérios e múltiplos. Não serão enfrentados facilmente e em pouco tempo. Mas,saiba disso, América: serão enfrentados”. O novo presidente prometeu criar empregos,construir estradas, pontes, redes elétricas e linhas digitais,valorizar a ciência, usar a tecnologia para aumentar aqualidade e diminuir os custos da saúde, transformar asescolas em faculdades e universidades e incentivar o uso de energiasrenováveis, como solar e a eólica. Assim como o presidente Luiz Inácio Lula daSilva, ao ser eleito em seu primeiro mandato em 2002, Obama afirmouque sua eleição significa que a esperança venceuo medo. “Estamos reunidos porque escolhemos a esperança, enão o medo, a unidade de propósito, e não oconflito e a discórdia. Neste dia, viemos proclamar o fim dasdiscussões mesquinhas, falsas promessas e recriminaçõese dogmas antigos que, por muito tempo, impediram nossa políticade funcionar melhor”, disse o primeiro presidente negro dos EstadosUnidos.Obama também mandou mensagem de estímuloà população norte-americana: “É precisoque levantemos, sacudamos a poeira e recomecemos o trabalho dereconstruir a América porque, por toda a parte onde olhamos,há trabalho a ser realizado.”O novo presidente não culpou o livremercado pela crise do país, mas defendeu a necessidade deregulação, a exemplo do que concluíram oslíderes do G20 financeiro, que se reuniram em Washington emnovembro passado. “Essa crise nos lembra que, sem um olho queobserva tudo isso, o mercado pode se descontrolar que e uma naçãonão pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas osprósperos”, ressaltou.O democrata dedicou poucos minutos àsdemais nações do planeta – como de praxe nos EstadosUnidos, nenhum chefe de Estado foi convidado para a posse. Limitou-sea assegurar que a América é amiga de todos e estádisposta a fazer alianças e ajudar no desenvolvimento depaíses pobres. Também reiterou sua disposiçãode retirar as tropas do Iraque, mas ressaltou o papel de liderançado país: “Estamos prontos para liderar mais uma vez.”