Febre amarela volta a aparecer no Rio Grande do Sul após 42 anos

08/01/2009 - 16h09

Da Agência Brasil

Brasília - ORio Grande do Sul teve um caso de óbito por febre amarela nodia 25 de dezembro último. E há mais duas suspeitas de ocorrênciada doença no estado. Um dos casos foi notificado terça-feira(6) e está sendo analisado pelo Instituto Adolfo Lutz.Segundo o diretor do Centro Estadual de Vigilância e Saúde,Francisco Paz, o outro caso foi notificado hoje (8). De acordo com a Secretaria de Saúde do RioGrande do Sul, o caso de morte ocorreu na cidade de Santo Ângelo,na Região das Missões, noroeste do estado. A vítima foi uma dona de casa, de 31 anos,que adquiriu a doença provavelmente na zona rural de Eugêniode Castro. A secretaria informou que há 42 anos não seregistravam casos de óbito por febre amarela no estado.“Temos certeza de que a circulaçãodo vírus nas nossas matas se espalhou nos últimos trêsmeses. Tínhamos 52 cidades em risco, agora temos cento e nove”afirmou Paz. Os municípios que estão na áreade risco ficam no noroeste gaúcho. A área atinge quase25% do estado, e a população exposta é de cercade 1,50 milhão de pessoas, das quais metade já foivacinada, acrescentou o diretordo Centro Estadual de Vigilância e Saúde.A confirmação da área derisco é feita pelo número de macacos mortos infectadoscom a doença. Se um município constata mortandade demacacos por febre amarela, sua população e a dascidades ao redor é vacinada contra a doença.“A situação está sobcontrole, mas o fenômeno sobre o macaco, não. E sabemosque a Argentina está tendo o mesmo problema, na regiãoequivalente”, ressaltou Paz. Ele informou que está sendofeita uma investigação sobre a febre amarela nosmacacos da região e que uma equipe do Ministério daSaúde irá visitará a área segunda-feira(12). O secretário de Saúde do Rio Grandedo Sul, Osmar Terra, orientou moradores da região e turistasque a visitarem a tomar a vacina contra febre amarela, mas descartoua possibilidade de epidemia no estado.