Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) voltou a pedir hoje informações da Petrobras sobre a sua situação financeira e especificamente o motivo que a levou a tomar um empréstimo de R$ 2 bilhões na Caixa Econômica Federal (CEF) para utilizar em seu capital de giro. Ele afirmou, ainda, que a empresa também tomou um empréstimo de R$ 751 milhões do Banco do Brasil, em 23 de outubro.Em nota oficial divulgada hoje a empresa afirma, entre outras coisas que “no curso de suas atividades operacionais e financeiras, a Petrobras sempre acessa os mercados de capitais e bancários nacionais e internacionais. A Companhia sempre analisa todas as alternativas de financiamento, buscando sempre as opções mais adequadas ao perfil de sua dívida, seja na parte de custos como nos prazos". Tasso disse que sua assessoria fez uma avaliação do balanço dos últimos três meses apresentado pela Petrobras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) onde mostra que a empresa tem um passivo de R$ 30 bilhões quando comparados os valores que tem a pagar e a receber no curto prazo. Jereissati afirmou que até o momento não recebeu qualquer informação da empresa referente aos questionamentos que fez em requerimento encaminhado ontem à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Ele questiona, por exemplo, se os R$ 2 bilhões emprestados pela CEF são recursos oriundos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Tasso Jereissati estranha que a Petrobrás tenha, segundo ele, afirmado que o empréstimo foi feito para pagar impostos. “Nenhuma empresa paga imposto de surpresa. Isso me surpreendeu porque quem tem imposto a pagar separa os recursos que serão destinados para esse fim”, afirmou. Ele disse que o valor repassado pela CEF à Petrobrás representa 23% do total que é permitido a instituição financeira conceder em empréstimos.