Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de Minas eEnergia, Edison Lobão, confirmou hoje (27) o empréstimode R$ 2 bilhões feito pela Petrobras à Caixa EconômicaFederal para pagar despesas correntes. Segundo ele, trata-se apenasde “um empréstimo feito com regularidade”.“Isso não égrave em nenhuma empresa. Isso já se fez tantas vezes. APetrobras já contraiu empréstimo no exterior em outrosmomentos e no Brasil. [A Petrobras] está apenas repetindo aquilo que sempre fez”, comentouao chegar ao Senado para participar de evento sobre infra-estrutura.Ontem (27), o senadorTasso Jereissati (PSDB-CE) falou em plenário sobre oempréstimo. Segundo ele, a empresa estaria “com sériosproblemas de caixa”. De acordo com relatório trimestralapresentado pela empresa à Comissão de ValoresMobiliários (CVM), a contratação foi feita em 31de outubro e tem como objetivo “reforçar o capital de giro"da companhia.Segundo Jereissati, ascondições negociadas pela Petrobras com a CEF foram asseguintes: prazo de 180 dias para pagamento do valor principal eencargos com amortização única ao fim do prazo;taxa de juros de 104% do CDI Over; incidência do Imposto sobreOperações Financeiras (IOF) e, por último,amortização e liquidação do empréstimotomado.Jereissati quer que opresidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e a presidenteda Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, esclareçam o assunto naComissão de Assuntos Econômicos no Senado.