Advogados de Cunha Lima planejam liminar para que ele não deixe governo da Paraíba

21/11/2008 - 15h11

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os advogados EduardoFerrão e Eduardo Alckmin estudam juntos uma alternativa jurídica para que ogovernador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), nãotenha que deixar o cargo após a decisão de ontem (20) doTribunal Superior Eleitoral (TSE), que confirmou, por unanimidade, acassação do mandato por abuso de poder políticoe econômico. O TSE referendou decisão no mesmo sentido decretada em julho de 2007 pelo Tribunal Regional Eleitoral.Segundo Alckmin, aapresentação de uma liminar ao Supremo TribunalFederal (STF) para garantir que Cunha Lima permaneça  no cargo teria de ser feita, emprincípio, após a publicação do acórdãopelo TSE e a interposição de recurso extraordináriojunto à própria Corte eleitoral. Mas a conjunturapode levar a uma antecipação.“Como é umcaso excepcional, pode ser que haja uma tentativa antes, para seevitar prejuízos maiores, não ao governador, mas àpopulação da Paraíba”, argumentou Alckmin, queatuou como assistente da defesa de Cunha Lima, em nome do PSDB. Ele confirmou estar“trocando impressões” constantemente com Ferrãosobre os passos a serem dados, mas ressalvou que o colega é o“maestro”. A reportagem tentou entrar em contato com Ferrão, por meio de seu escritório, mas não obteve retorno.