PAC é fundamental para economia crescer em meio à crise financeira, diz Dilma

30/10/2008 - 14h15

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao apresentar hoje (30) o quinto balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que as obras previstas nele são fundamentais para garantir o crescimento da economia brasileira,  considerando o cenário da crise financeiramundial. “O PAC é fundamental para a manutenção do crescimento do país. Eu concordoque o Brasil tem condição de manter o atual ciclo de crescimento, pode ser aténum nível um pouco menor”, afirmou a ministra, ao lembrar que o governo já tomou medidas para  minimizar os efeitos da crise.Dilma explicou que a manutenção dos investimentos do programa é essencialpara continuar a movimentação na economia. “O PAC funciona como um fator quefaz com que o país tenha, e não perca, essa agenda do crescimento econômico, poiso programa prioriza investimento na agenda do próprio governo, na agenda dosnossos orçamentos e também na agenda das suas empresas e dos seus bancospúblicos. Então. o PAC se torna prioritário nas agendas de cada um de nós”,disse ela .Em dois anos e nove meses de execução do PAC, o governo concluiu 9% dosprojetos, ou seja, um total de 193 obras. O quinto balanço do PAC foi apresentado no Palácio do Planalto pela chefe da Casa Civil.Ela informou que o custo das obras concluídas foi de R$ 30,6bilhões. Entre as obras já entregues, estão 3.353 quilômetros de rodovias, 240quilômetros de ferrovias e 54 embarcações para a Marinha Mercante, portos,hidrovias e aeroportos, além obras para garantia de recursos hídricos e degeração de energia. O PAC foi lançado em janeiro do ano passado e prevê R$ 503 bilhões de investimentosem infra-estrutura. De acordo com Dilma, 83% do conjunto de obras do programaestão com andamento dentro do cronograma. A ministra informou que7% delas merecem atenção por parte do governo e que, em 1%, a situaçãoé preocupante.De janeiro deste ano a 23 de outubro, o valor empenhado no programa chegou aR$ 10,4 bilhões, ou 34,3% acima do que o período equivalente no ano passado. Dilma ainda ressaltou que, mesmo com a crise, os empresários estrangeiroscom investimentos no Brasil não desanimaram. “Aumentou o interesse de todos osparceiros, japoneses, ingleses e coreanos. Não vimos arrefecimentos”, destacou.“Todos nós sabemos que investimento eminfra-estrutura é investimento de médio e longo prazo. Para o executor do PAC,que é fundamentalmente o investidor privado, o programa dá um horizonte. Ele sabe que tem uma demanda para quatro anos, o que dá uma certaconfiança”, explicou.