Crise não afeta contas da Previdência Social, garante ministro

30/10/2008 - 20h35

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Previdência, José Pimentel, disse hoje (30) que as contas do sistema de previdência social não serão afetadas pela crise econômica porque o país deve manter crescimento na geração de empregos para o próximo ano.“Nos últimos 12 meses, o Brasil gerou 2 milhões e 50 mil empregos formais, e nos últimos seis anos e meio, 8 milhões e 400 mil empregos formais. Durante a década de 90, a gente gerava 107 mil empregos por ano. E os indicadores do comércio do mês de outubro demonstram que vamos crescer de 8% a 10% sobre o montante de negócios de 2007”, sustentou.Apesar de comemorar os índices econômicos, Pimentel alertou que existem 105 projetos de lei no Congresso propondo mudanças na Previdência, que hoje paga 25,7 milhões de aposentados e pensionistas, em valor que representa 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.“Se o Congresso resolver aprovar os 105 projetos, em 2009 o comprometimento dos benefícios previdenciários vai para 25% do PIB, que representa praticamente 100% do orçamento da União”, exemplificou.O ministro disse que dentro de dois anos a Previdência deverá ser superavitária, recebendo mais recursos do que o total despendido com aposentadorias e pensões. “Em 2010, se Deus nos ajudar e a economia crescer 4%, a Previdência pública brasileira volta a ser superavitária, como foi até 1985”, previu. O possível superávit, explicou, se dará por três motivos: crescimento econômico, com recuperação do poder de compra da massa salarial; combate às fraudes e a boa gestão. Segundo ele, o déficit do sistema previsto para este ano gira entre R$ 2 bilhões e R$ 2,4 bilhões.O ministro participou, no Rio, do Seminário Internacional de Educação Previdenciária, promovido pelo fundo de pensão da Petrobras, Petros, e pelo fundo da Caixa Federal, Funcef.