Ritmo de obras do PAC pode desacelerar se houver problemas de crédito, diz associação

28/10/2008 - 19h09

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O número deobras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)poderá diminuir nos próximos anos, se houverdificuldades na concessão de crédito para o setor deinfra-estrutura. A avaliação é do presidente daAssociação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústriasde Base (Abdib), Paulo Godoy. Segundo ele, o governo terá queavaliar as conseqüências da crise econômica epriorizar obras mais importantes. “O país vaiter que fazer uma priorização dos projetos deinfra-estrutura, escolher o que é mais urgente, inadiávele o que terá conseqüências econômicas maisimediatas para melhorar a competitividade da economia brasileira”,disse. Godoy participou hoje (29) do 3º Encontro Nacional daIndústria (Enai). Para Godoy, orestabelecimento do crédito para investimentos a longo prazo éo principal desafio do setor. Segundo ele, o Brasil tem atualmente R$100 bilhões em contratos de infra-estrutura em andamento. Durante o evento, aministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo nãotem nenhuma informação sobre problemas de financiamentoem obras do PAC, porque todas estão sendo financiadas peloBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Uma porção de obras do PAC está ainda emprocesso de financiamento e nenhuma empresa nos informou que estátendo problema”, disse. Ela garantiu que o programa não teránenhuma interrupção por causa da crise financeira.