Deputados e senadores formarão comissão mista para analisar MP 443

28/10/2008 - 19h34

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Líderes do governo e daoposição acertaram hoje (28) a criação deuma comissão mista do Congresso Nacional para analisar aMedida Provisória 443, que permite ao Banco do Brasil e aCaixa Econômica Federal comprarem instituiçõesfinanceiras e construtoras em dificuldades de caixa. Segundo oslíderes, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o governo estáaberto a negociações. O ministro se reuniu por mais de duas horas com os líderes esta tarde.  "O ministro nosdisse que o governo admite correções que aprimorem aMP. Ele não tem nenhuma objeção e aíreforça nossa posição de criar a comissãomista para analisa r medida", disse o líder do PSDB,deputado José Anibal (SP). O líder dogoverno, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que estáaberto ao diálogo com a oposição para aprimoraro texto da MP. "A regra centraldo governo é preservar empregos, a renda da populaçãoe o crescimento da economia. Então, quaisquer medidas queaperfeiçoem a MP e preservem esses sentimentos para enfrentaros impactos da crise, o governo está totalmente aberto aodiálogo, à negociação", afirmou. Fontana disse que nãohá objeção à sugestão de seinstituir um prazo para que o BB e a CEF possam adquirir instituiçõesfinanceiras e construtoras. Em relaçãoà possível estatização de bancos, o líderdisse que o objetivo “é manter a estabilidade econômica,o crescimento, os empregos e a renda da população".Fontana afirmou que ogoverno não vai comprar carteira podre. "O ministro foiclaro na reunião com os líderes de que nãohaverá a entrega de dinheiro público para a compra decarteira podre". O líder do DEM,deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que aoposição não vai votar a MP 443 semmodificações. Segundo ele, seu partido jápreparou uma série de emendas para melhorar o texto. "Não vamosdar um cheque em branco ao Banco do Brasil e à Caixa Econômicapara eles fazerem o que quiserem", disse. ACM Neto informou que oDEM vai apresentar amanhã (29) as emendas, entre elas, adefinição do prazo de validade da MP para as aquisiçõesdas instituições; a definição do valor aser utilizado nessas aquisições; e as regras decontrole e de gestão dessas empresas.