Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da CâmaraBrasileira da Indústria da Construção Civil(CBIC), Paulo Safady Simão, afirmou hoje (28), durante o 3ºEncontro Nacional da Indústria (Enai), que os R$ 3 bilhõesem créditos que o governo acenou para 2009 serãosuficientes para o setor, “desde que as taxas não sejammaiores do que 9% mais taxa referencial [TR, hoje em 1,25%]”.“Nas conversas quetivemos com os representantes do governo, havíamos apresentadoprojeções que estavam entre R$ 3 bilhões e R$ 4bilhões, mas com os valores anunciados teremos condiçõesde realizar procedimentos como compra de ativos, fusões edescontos de recebíveis”, disse.Segundo Safady, poucasempresas do setor foram prejudicadas por investir em sociedadesanônimas do mercado financeiro. “Das 25 que investiram nessaárea, apenas três ou quatro especulavam”, disse. Questionado sobre ointeresse de algumas empresas de construção civil seremsocorridas pelo governo – a partir do que foi definido pela MP 443,que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa a comprarem bancos eempresas –, Safady disse repudiar “o empresário que seinteressa em ser salvo”.Durante o 80ºEncontro Nacional da Indústria da ConstruçãoCivil (Enic), realizado semana passada em São Luis, opresidente do Sindicato da Indústria da ConstruçãoCivil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Sergio Watanabe,informou que algumas empresas não se pronunciaram contra a MP,e que “na hora de vender, o empresário não vai querersaber quem está do outro lado”.