Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Belo Horizonte (MG) - Com a presença dos cinco melhores colocados na pesquisa Ibope do último dia 27, a Rede Globo Minas realiza neste momento o último debate entre os candidatos a prefeito de Belo Horizonte. Márcio Lacerda (PSB), Leonardo Quintão (PMDB), Jô Moraes (PcdoB), Sérgio Miranda (PDT) e Gustavo Valadares (DEM) dedicaram a maior parte do dia à preparação para o embate de idéias sobre os problemas sociais e as soluções para o desenvolvimento da capital mineira.Inicialmente, Márcio Lacerda, em resposta a questionamento de Gustavo Valadares sobre propostas para diminuir a taxa de homicídios em BH, prometeu aumentar o efetivo da guarda municipal para 3 mil homens, colocar câmeras em todo o centro comercial da cidade, construir centros de cidadania e investir na formação profissional dos jovens. Valadares defendeu a criação de uma Secretaria Extraordinária de Segurança. Logo em seguida, Lacerda e Jô Moraes trocaram farpas ao se referirem à participação do governador Aécio Neves (PSDB) na campanha do socialista, apesar de o tema sorteado ter sido saúde. Ontem, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou que Aécio não poderia participar das peças de propaganda de Lacerda, o que, na prática, ocorreu desde o início da campanha. “Democracia exige respeito à lei e às normas. O TSE opinou que o governador Aécio Neves não poderia ter participado do seu programa”, disse Jô a Lacerda. O candidato do PSB rebateu: “A coligação da senhora já entrou com 30 ações para tentar ganhar a eleição no tapetão. A população aprova a aliança”. A coligação de Jô estuda uma possível ação para requerer a inelegibilidade de Lacerda.As pesquisas mais recentes mantêm em aberto a possibilidade de que Márcio Lacerda, também apoiado pelo prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), seja eleito sem necessidade de segundo turno. Entretanto, devido à margem de erro, há uma linha tênue e um crescimento dos adversários na reta final pode adiar a definição do próximo prefeito. O debate ganhou importância estratégica para os candidatos tentarem, sobretudo, conquistar a simpatia dos eleitores que permanecem indecisos e cujas escolhas podem definir a existência ou não do segundo turno.