Turismo interno é uma das saídas para enfrentar reflexos da crise mundial, diz ministro

02/10/2008 - 11h31

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Turismo,Luiz Barreto, disse hoje (2), em  entrevista aoprograma Bom Dia Ministro, da EBC Serviços, que o mercado interno brasileiro temapresentado índices positivos de crescimento e que representa“uma das saídas” para o enfrentamento dos reflexos dacrise financeira mundial.“A gente ainda nãotem as dimensões da crise. Ela afeta fundamentalmente omercado americano e europeu, a gente não sabe como vai atingiro país. Certamente, algum nível de efeito vai ter aqui.O momento é de tranqüilidade, de aguardar, de planejar asações. Estamos no caminho. Acho que o turismo pode ser beneficiado. Hoje, o Brasil tem uma grande vantagem emrelação a outros países que é o grande mercado interno. Mais de 25 milhões de brasileirosconseguiram entrar no mercado de consumo. Tem muito brasileiro quenão conhece o Brasil.”Barretto lembrou que o país tem se recuperado após afalência da companhia aérea Varig, em 2006, e que acampanha Brasil Sensacional “vem muito a calhar agora”. Segundoele, o aumento de vôos internacionais também devefacilitar o maior fluxo de turistas estrangeiros no Brasil.“Recentemente, a TAMconfirmou dois vôos diários ao Rio de Janeiro saindo deMiami e de Nova York. A Delta Airlines e a American Airlines tambémconfirmaram vários novos vôos ligando o Brasil aomercado americano. A grande vantagem é que não estámais concentrado no Rio e em São Paulo.”De acordo com oministro, é a primeira vez que há vôosestrangeiros com partidas e chegadas no Nordeste brasileiro e emcidades como Manaus, Belo Horizonte e Brasília. A expectativa,segundo ele, é chegar a cerca de 150 freqüênciasinternacionais e 30 mil assentos semanais. Atualmente, 60 milhõesde norte-americanos, por exemplo, viajam pelo mundo – 700 mil vêmao Brasil. “A gente tem tidonotícias positivas e o compromisso das companhias de umagrande expansão. Estamos muito esperançosos de aumentaresse fluxo de turistas estrangeiros que hoje está em torno de5 milhões que já deixam quase US$ 6 bilhões dedivisas para o Brasil”.Ao comentar a separaçãodas pastas da Cultura, do Turismo e do Esporte, que antes funcionavamjuntas, Barretto classificou a medida de “uma grande conquista”que colaborou para a melhor organização do setor.“Estamos trabalhandodiretamente com os governadores. Temos a Embratur [InstitutoBrasileiro do Turismo] e um Plano Nacional de Turismo que jáestá na sua segundo versão, com grandes metas. Ofundamental é que a gente saiu de uma política deocasião, de um apêndice de outros ministérios.Independente de quem esteja na cadeira de ministro, tem metas,objetivos e programas que vieram para ficar”.