Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No Brasil, asoportunidades em educação oferecidas às criançassão menores do que nos outros países da AméricaLatina e Caribe, com exceção de Nicarágua, ElSalvador e Honduras. É o que mostra o novo Índice deOportunidade Humana (IOH), divulgado hoje (2) pelo Banco Mundial. Aeducação é uma das variáveis utilizadapara calcular asoportunidades necessárias para assegurar o acesso universal decrianças e jovens a serviços básicos essenciaispara uma vida produtiva. A instituição considera esse acesso como fatordeterminante para a ocorrência de desigualdades sociais eeconômicas em uma população.O IOH brasileiro naárea educacional é de 67 pontos, nove abaixo da média(76 pontos) dos 19 países que participaram do estudo. OChile é o país com melhor desempenho na áreaeducacional, com 90 pontos. As crianças da Nicaráguasão as com menos chances de acesso a uma boaeducação, com um IOH de 59 pontos.O índice da educaçãoé calculado com base na freqüência escolar dosalunos de 10 a 14 anos e no número de crianças queconclui a 6ª série do ensino fundamental na idade indicadapara o período. O relatório aponta que o Brasil, aolado do Chile e da República Dominicana, é o paísmais próximo da universalização de oportunidades para afreqüência escolar, com 96%.Por outro lado, o IOHpara crianças que concluem a 6ª série na idade certaé de 37%, o terceiro pior entre os países. O índicevai de 0 (privação total) a 100 (universalizaçãode oportunidades). Apesar do baixo desempenho, o relatóriodo Banco Mundial aponta o Brasil como um país que registrou significativas melhorias na área.“Na verdade, quandoos países latino-americanos são ranqueados pelasmelhorias nas oportunidades educacionais, o Brasil é o melhorou o segundo melhor na região”, diz o estudo. Segundo orelatório, o avanço é resultado de políticaspúblicas criadas para esse objetivo. O aumento dofinanciamento para a educação com a criação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) é citado como um pilar da política educacional. O relatórioaponta ainda o Bolsa Família como “vital para acelerar oprogresso educacional do país”.