Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com seis helicópteros, 60 caminhões e ao redor de 20 canhões, cerca de 4 mil homens do Exército ocuparam hoje (1º) o Complexo do Alemão, nazona norte do Rio de Janeiro, na última fase da Operação Guanabara.Esse é o maior contingente já empregado desde o início da operação, quecomeçou no dia 11 de setembro, com o objetivo de combater traficantes e milícias em currais eleitorais. O porta-voz da Operação Guanabara, coronel André Luiz Novaes, fez um balançopositivo desses 20 dias de atuação do Exército.“Nós não tivemos nenhum enfrentamento, nenhuma apreensão de arma, nãoprecisamos usar a força. Nossa simples presença com todos esses meios foisuficiente para garantir a segurança [dos locais]”, declarou Novaes.A forte presença das tropas no interior de cinco comunidades do Alemão parece não ter alterado a rotina dos moradores e comerciantes locais. As lojas abertas e agrande circulação de pessoas indicavam clima de tranqüilidade nas principais ruas.Maria Gomes, dona de uma pequena banca de jornais da Favela Nova Brasília,disse que nada mudou com a chegada do Exército, seja para melhor ou pior. “Com Exército ou sem Exército é tudo a mesma coisa”, diz ela. “Não fazdiferença nenhuma.”Para Valmir, morador que preferiu não dar o sobrenome, as pessoas da região vão ficar mais à vontade já que “não tem o sobee desce de pessoas que não tem nada a ver”.O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), odesembargador Roberto Motta Moraes, esteve no local e distribuiu cartilhassobre o voto consciente para alguns moradores. Ele elogiou o trabalho dastropas, mas ressaltou que uma avaliação do resultado efetivo da operação sópoderá ser feito após as eleições, com os resultados das urnas.