Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Gabriel Mario Rodrigues, contestou a avaliação feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de que o setor não teria interesse em investir em novas instituições no Norte e Nordeste.“É uma tendência normal. As instituições nascem nos grandes centros”, disse. Segundo Rodrigues, as entidades de ensino privadas crescem, principalmente, na região setentrional e no Centro-Oeste, onde também avança o crescimento econômico. “Nessas regiões, [as faculdades] estão crescendo bem”, afirma ao lembrar o aumento de unidades na Bahia, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte.A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada hoje (18) pelo IBGE mostra que a maior parte dos estudantes de nível superior do Norte e Nordeste, assim como a maior parte dos universitários do país estão na rede privada (76%). Entre as públicas, os universitários das regiões Norte e Nordeste são cerca de 35% - o maior percentual do país na rede do governo.“Com a democratização do ensino superior, há necessidade de oportunidade para todos. A universidade pública não tem capacidade de atender nem 25% da população, então o ensino privado recebe a população que procura melhores meios para enfrentar o mercado de trabalho”, acrescenta o presidente da Abmes.