Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara,deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), apresentou hoje (21) aopresidente Luiz Inácio Lula da Silva um levantamento sobre asituação de algumas matérias de interesse dogoverno para serem votadas pela Casa.Segundo Chinaglia,diante do levantamento, a conversa dele com o presidente daRepública se concentrou em dois assuntos: votaçãodo projeto do Fundo Soberano e da Proposta de Emenda àConstituição (PEC) da reforma tributária.”“Dado a circunstânciado prazo até o final do ano, tanto o presidente Lula quanto euentendemos que a questão da reforma tributária merece a atenção porque diz respeito a interesse maior dopaís”, informou Chinaglia. “Mostrei ao presidente nossocalendário para ponderar que as medidas provisóriaspodem, inclusive, comprometer aquilo que o governo, a oposiçãoou a presidência da Câmara queiram votar”.Em relaçãoa votação do Fundo Soberano, que começa atrancar a pauta de votações da Câmara no dia 2 desetembro, Chinaglia disse que informou ao presidente Lula que aCâmara fará votações na primeira semana desetembro, mas que a votação da proposta depende de comoa oposição vai se comportar, se vai obstruir ou nãoas votações em função do projeto do Fundosoberano.Para Chinaglai, doponto de vista de aspectos que mexem com toda a estrutura do país,a reforma tributária é mais abrangente. "O FundoSoberano, do ponto de vista do presidente da República e dogoverno, é outro aspecto – é o fundo garantidor".Chinaglia informou que se der para votar apenas três matériasvão ser nesta ordem, "na minha opinião: alteraçãodo tramite de MPs, o Fundo Soberano, porque tranca a pauta e areforma tributária”, informou.Chianglia disse nãosaber se o presidente vai encaminhar à Câmara o reajustedos servidores públicos por medida provisória ou porprojeto de lei. O parlamentar informou que não cabe a elediscutir com o presidente se será editada ou não umaMP. “Na minha opinião é uma matéria que temurgência e relevância. Portanto, cabe ao governo decidirse edita ou não MP”.Sobre a medidaprovisória que transforma a Secretaria Especial da Pesca emMinistério, Chinaglia informou que disse ao presidente Lulaque não discutia a relevância da matéria. “Agoracom referência à urgência eu quero informá-loque há inclusive líderes da base que também já declararam a dificuldade quanto a essa MP. Eu acredito que o governodeve estar analisando o que fazer com essa MP”, informou.