Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aorganização não-governamental (ONG) Greenpeacecriticou a liberação do cultivo de algodãotransgênico resistente ao herbicida glufosinato de amônia,aprovada hoje (21) pela Comissão Comissão TécnicaNacional de Biossegurança (CTNBio).
A ONGclassificou a aprovação como uma “ameaça àagrobiodoversidade do país, especialmente do semi-árido,área rica em variedades silvestres de algodão”.
O algodãoliberado é patenteado como Liberty Link pela multinacionalalemã Bayer CropScience. Segundo o Greenpeace, oglufosinato, que poderá ser utilizado no cultivo dessealgodão, “tem um histórico polêmico decontaminação do solo e com potenciais riscos àsaúde humana”.
De acordocom o Greenpeace, a Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa) alertou para os riscos do herbicida para asaúde humana quando a CTNBio aprovou o milho transgênicoda mesma multinacional em 2007, que, segundo a ONG, utiliza o mesmoprincípio ativo do algodão liberado hoje.
“Segundo a Anvisa, o herbicida não é seguro paragestantes, lactantes e bebês recém-nascidos. Como tantoo milho como o algodão da Bayer são resistentes aoglufosinato, há o risco de grande aumento no uso desseherbicida e, com isso, aparecimento de ervas daninhas resistentes,além do aumento de resíduo do veneno na comida”,apontou o Greenpeace.