Mylena Fiori
Enviada especial
Pequim - A polícia de Pequim já interrogou 276 pessoas por venda ilegal de ingressos para os Jogos Olímpicos. O grupo inclui 37 estrangeiros – entre eles, cinco brasileiros detidos no último fim de semana. Umdos brasileiros permanecerá preso por mais seis dias em um centro dedetenção da capital e, depois, será deportado. Os demais foram soltosno mesmo dia em que foram detidos e tiveram a extensão de seus vistosreduzidas, segundo informações da Embaixada do Brasil em Pequim.Deacordo com a agência estatal de notícias da China, Xinhua, 18 pessoastiveram seus vistos reduzidos e algumas delas, inclusive, já foramdeportadas. Outros seis continuarão detidos, como o brasileiro. Amaioria dos suspeitos detidos pela polícia tentava vender tíquetes comágio nos arredores dos principais estádios e ginásios onde ocorrem ascompetições, como o Ninho de Pássaro, o Cubo D’Água e o GinásioOlímpico de Basquete. Mais de 600 ingressos foram retidos pela polícia.Segundo a Xinhua, 100 chineses já haviam sido presos durante a terceirarodada de vendas oficiais de ingressos, entre 5 de maio e 27 de julho –alguns tentavam revender ingressos por preços até 100 vezes superioresao valor oficial. Aoperação não inibiu a ação dos cambistas. Para o jogo de ontem (20) de vôleimasculino Brasil x China, uma quarta-de-final, ingressos com preço deface de 100 yuans (R$ 25,00) estavam sendo vendidos pelo triplo dopreço. Os tíquetes para a semifinal do Brasil contra a Itália, nestasexta-feira (22), já chegam a 1000 yuans (R$ 250,00). Pela legislação da China, a venda ilegal de ingressos deve ser punida com multa ou detenção de até 15 dias.