Secretário diz que reação a milícias não pode ser feita "com sangue na boca"

21/08/2008 - 16h05

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O secretário de Segurança do Rio, José MarianoBeltrame, disse hoje (21) que a reação do estado contra os integrantesde milícias da zona oeste, que matou sete pessoas, ontem, não pode ser feita “com sangue na boca”. Ele disse que apolícia trabalha para provar ao Judiciário os crimes cometidos pelosmilicianos. “Não é simplesmente ir ao local e prender aspessoas”, afirmou. “Temos que ter critérios. Uma ação emergencial nãopode ser uma ação descabida. Temos que ir ao objetivo. Não podemos irlá com gosto de sangue na boca”, disse Beltrame.Após depoimento de mais de duas horas à ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias da Assembléia Legislativado Rio, Beltrame informou que grande parte do grupo paramilitar já foiidentificada e que, em breve, os integrantes devem ser presos. Entreeles, Luciano Guimarães, filho do vereador Jerônimo Guimarães, preso desde dezembro do ano passado, além depoliciais e bombeiros. “Nosso trabalho é sério no sentido de fornecerelementos ao Ministério Público para que denuncie [os criminosos]. Aquestão da inteligência é de formar provas, dar materialidade. Isso éum caminho, muitas vezes, demorado, mas de muita qualidade”, concluiu o secretário Beltrame.