Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A alta de 3,24% da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), ontem (20), deu um novo alento ao mercado de capitais, na opinião do presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Duarte Carvalho de Castro.
“Acho que foi uma recuperação da Bovespa, acoplada a um retorno de investidores estrangeiros”, afirmou Castro, que participou hoje (21) do 20º Congresso da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec)..
Segundo ele, um ano depois de deflagrada a crise sub-prime (do mercado hipotecário imobiliário) nos Estados Unidos, o impacto foi forte, “e o Brasil não ficou fora disso”. A diferença entre a situação em 2007 em bolsas de valores e em 2008 foi a presença dos estrangeiros, acrescentou.
“Por isso, acho que essa tendência de um retorno, mesmo que gradativo, é uma coisa positiva”.
Antonio Castro destacou, porém, que esses investidores serão cada vez mais seletivos daqui para a frente. “Há um ano falava-se que botar dinheiro na bolsa era um ótimo negócio. Ou seja, o Índice Bovespa já indicava um crescimento associado à rentabilidade. Agora, o mercado está bastante diferente e o importante é escolher bem. Ou seja, o mercado se tornou muito mais seletivo”.
Castro mostrou otimismo com a volta dos investidores estrangeiros ao mercado brasileiro. Só não arriscou estimar qual será a velocidade dessa retomada. “Esse é o grande ‘X’ da questão”. O movimento, entretanto, é positivo para a bolsa.O presidente da Abrasca avaliou que a crise no mercado norte-americano pode durar até 2009. Alguns analistas consideram, inclusive, a possibilidade de que o fim da crise só chegue em 2010.