Mediador diz que torcidas organizadas querem colaborar com segurança nos estádios

31/07/2008 - 21h08

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na condiçãode mediador da relação entre as torcidas organizadas dos grandes times dofutebol paulista e o Ministério Público, o juiz de paz Danilo Zamboni afirmou hoje (31), emaudiência pública, no Ministério da Justiça,que os grupos apóiam alterações noEstatuto do Torcedor que estabeleçam penas mais rigorosas paraquem se envolver em brigas ou crimes.  “É necessáriouma lei específica no esporte para punir aquele que porta umabomba, que carrega um pedaço de pau ou uma barra de ferro. Coma falta de legislação específica, a impunidade éque reina. Esse elemento briga, vai para uma delegacia, o delegadolibera o torcedor e ele volta mais agressivo numa próximaação”, afirmou Zamboni. “É precisoadequar o estatuto para que esse mau elemento seja identificado,preso e tirado de circulação dos estádios defutebol”, acrescentou. Segundo Zamboni, osconfrontos violentos que ainda ocorrem entre torcedores de SãoPaulo têm a participação de ex-integrantes de organizadas, expulsos por maucomportamento. “Esses torcedores nãoquerem aceitar. Querem continuar brigando. Isso tem acontecido com atorcida Independente [do São Paulo Futebol Clube], que expulsou cercade 30 torcedores que, nos clássicos, voltam para confrontar ogrupo atual. Acontece também com a Gaviões da Fiel [torcida organizada do Corinthians]. Mas já existe esseconceito dentro das torcidas de punir. Estamos próximos desediar uma Copa do Mundo e precisamos de açõesenérgicas”, defendeu o juiz de paz.