Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As famílias de pacientes que morreram na fila de transplantes do Hospital do Fundão, esperando por um fígado, podem ter direito à indenização de R$ 300 mil. A avaliação é do defensor público da União André Ordacgy, que pretende entrar com ações por danos morais na Justiça Federal.Ordacgy explicou que as famílias têm direito a essa reparação pelo fato de a fila de transplantes não ter sido respeitada, conforme revelou a Operação Fura-Fila, deflagrada ontem (30) pela Polícia Federal.“Verificou-se que ocorreram diversas falhas no setor de transplante de fígado do Hospital do Fundão. A operação da Polícia Federal demonstrou que a fila não foi seguida, prejudicando as pessoas na ordem de transplante. Então, os familiares das vítimas têm direito a indenizações cíveis por dano moral, por ação ou omissão estatal”, disse o defensor.Segundo ele, só neste ano teriam ocorrido seis mortes de pacientes na fila e o número pode ser ainda maior, se forem levados em conta os anos anteriores. “A intenção é investigar os óbitos desde 2003 para saber se já havia fraude na fila de transplantes.”Ordacgy pede que as famílias de pessoas que morreram à espera de um órgão entrem em contato com a Defensoria Pública, pelo telefone (21) 2517-3301 ou na rua da Alfândega, 70, Centro do Rio.