Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os agricultores familiares já podemprocurar, a partir de amanhã (1º), as instituiçõesfinanceiras para iniciar as operações de custeio dasafra 2008/09. Serão R$ 7,3 bilhões destinados a essefim, de um montante de R$ 13 bilhões que compõem oPlano Safra Mais Alimentos. Segundo o coordenador de crédito doMinistério do Desenvolvimento Agrário, Mauri Joséde Andrade, todas as medidas administrativas foram finalizadas noinício desta semana, quando o Ministério da Fazendapublicou portarias autorizando o Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES), o Banco Cooperativo Sicredi e oBanco Cooperativo do Brasil (Bancoob) a realizar as operaçõesde crédito.Para ter acesso ao financiamento, o agricultordeve estar habilitado no Programa Nacional de Fortalecimento daAgricultura Familiar (Pronaf). “O produtor deve ter a declaraçãode aptidão ao Pronaf, que é um documento que o enquadracomo público-alvo. O principal requisito é que eletenha uma renda bruta anual de, no máximo, R$ 110 mil”,afirmou Andrade.Os créditos de investimento devem serliberados a partir do dia 15 de agosto, quando os agentes financeirosjá terão seus sistemas adaptados às novas linhasde financiamento. A meta é que a agricultura familiar obtenhaum ganho anual de produção de 18 milhões detoneladas. “A característica da agricultura familiaré de responder rapidamente a estímulos que visem aoaumento da produtividade. Como o plano todo está focado emproduzir mais alimentos, as linhas de investimentos, queproporcionarão ao produtor uma melhoria da infra-estrutura,farão com que, já a partir da próxima safra,haja esse aumento da produção”, estimou ocoordenador.Antes de ir aos bancos, Andrade aconselha osprodutores a procurar auxílio de técnicos para definira melhor forma de financiamento e investimento. “O maisrecomendável é que o produtor busque auxílio naEmater [Empresa de Assistência Técnica e ExtensãoRural], porque, numa conversa com o técnico, os doischegarão a definições de qual será amelhor composição produtiva da sua propriedade, emfunção do que ele já possui hoje e qual seria omelhor investimento”, explicou.