Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daAgricultura, Reinhold Stephanes, apontou a ineficiência da Marinha Mercante brasileira como um dos principais problemas queafetam a renda do agricultor.Durante audiênciapública na Câmara dos Deputados para discutir a produçãode fertilizantes no país, o ministro disse que o adicional de25% ao frete no preço da importação para arenovação da Marinha Mercante não deveria sercobrado. De acordo com oministro, atualmente o país importa 75% do volume total defertilizantes consumidos internamente.“Temos um problemasério na Marinha Mercante brasileira, que éineficiente. Não vejo ninguém defendendo a diminuiçãodo status quo da Marinha Mercante e o produtor paga o preçopor isso”, apontou.Stephanes criticou aacomodação de outros setores, inclusive do governo,ligados aos fertilizantes. “O que tenho dito é que nósperfuramos muito pouco, pesquisamos muito pouco, dimensionamos muitopouco, e também fiscalizamos muito pouco as jazidas que játêm concessão de pesquisa e de lavra”, disse oministro. O ministro denunciouque muitas empresas detêm concessão de lavras e nãoas utilizam. “Nós temos que fazer a retomada dessasconcessões de lavras”, defendeu.Stephanes voltou adizer que com uma política de governo bem construída, oBrasil pode num prazo de 5 a 10 anos se tornar auto-suficiente naprodução de fertilizantes nitrogenados e fosfatados, ereduzir a dependência de potássio. Hoje, segundo oministro, o país importa 50% dos nitrogenados, 73% dosfosfatados e 91% do potássio consumidos pelos agricultoresbrasileiros.