Funcionários dos Correios no Distrito Federal rejeitam proposta do TST

15/07/2008 - 14h45

Da Agência Brasil

Brasília - Os funcionáriosda Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) noDistrito Federal rejeitaram hoje (15) a proposta do Tribunal Superiordo Trabalho (TST) para encerrar a greve da categoria, que completou15 dias. A Federação Nacional dos Trabalhadores emEmpresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentec) tem atéa quinta-feira (17) para se manifestar sobre a proposta do TST.Naaudiência de conciliação entre representantes daECT e da Federação do Trabalhadores, o presidente doTST, Rider Brito, propôs a criação de um novoplano de cargos e salários, abono de 30% sobre a basesalarial, adicional proporcional às horas trabalhadas epagamento de metade dos dias parados. Além disso, os queaderiram à greve teriam a garantia de não seremdemitidos no prazo de 60 dias.O ministro Rider Britoinformou que quinta-feira é o prazo final para essa fase deconciliação. “Eu queria que houvesse pelo menos asuspensão do movimento grevista para podermos sentar em umamesa de negociação, em clima de harmonia”, disse.De acordo com o secretário-geral da Fentec, ManoelCantoara, o acordo proposto pelo TST não esclarece o novoplano de cargos e salários, não inclui a participaçãosobre lucros e resultados e, após o prazo de 60 dias, osgrevistas poderiam ser demitidos. “Acreditamos que a direçãoda empresa poderia vir discutir todos os pontos do plano decarreira”, afirmou.O superintendente executivo de Gestãode Pessoas da ECT, Alberto de Mello Mattos, disse que a empresaaceita a proposta do TST, mas ressaltou que a negociaçãochegou ao limite do ponto de vista financeiro. De acordo com Mattos,o abono de 30% geraria impacto econômico de R$ 390 milhõespor ano para a empresa. Segundo ele, desde o início da greve,deixaram de ser entregues 100 milhões de correspondências,das quais 300 mil são encomendas.