Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Para a secretáriade educação básica do Ministério daEducação (MEC), Maria do Pilar Silva, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2007, que serão divulgados amanhã (21), indicam queo país “saiu da inércia” no que se refere àqualidade da educação. Segundo a secretária, dos1.242 municípios prioritários - que tiveram pior resultado em 2005 ereceberam apoio técnico e financeiro do MEC -, 1.100 atingiram ameta prevista para 2007.“Do total demunicípios, 830 já atingiram a nota 5 e 62, a nota 6. Oque a gente sente é que há um movimento forte eprofundo de professores, diretores de escolas, secretáriosmunicipais e estaduais de educação e do ministériopara entender como se garante uma escola de qualidade para todos”,destaca.A maior reivindicaçãodos municípios para atingir as metas estipuladas pelo MEC é que haja um aumento do repasse de recursos pelaUnião. Pilardefende que a área precisa de mais investimentos, mas nãosó por parte do governo federal. “Sem dúvida nóstemos que aumentar os recursos para educação no Brasil,tem que ter mais recursos porque nós temos uma dívida socialmuito grande. Ela se resolverá com muito trabalho, comprojetos pedagógicos adequados, mas também com maisrecurso”, afirma.Segundo Pilar, as 10mil escolas que apresentaram os piores resultados no Ideb de 2005passaram a participar do PDE-Escola, programa em que os recursos sãorepassados direto para a unidade. Cada uma delas receberá de R$10 a R$ 70 mil, totalizando uma verba de R$ 300 milhões. “Esó na construção de creches o MEC investe esseano R$ 1 bilhão. Há um grande movimento, mas também háum grande investimento”, compara.A secretária estima que a metapara 2022, que o Brasil atinja a nota 6 no Ideb, será cumprida “semdúvida”. “Se a gente puder chegar antes, melhor ainda”,afirma. Ela defende que o resultado dependerá da união de esforços entre estados, municípios e governo federal.