Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na noite de hoje (20), em São Paulo, que o governo vai corrigir os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) caso o gestor local comprove que tenha cometido falhas no envio de dados ao ministério.“Se detectada a falha do gestor local [será corrigido]. O gestor local tem que demonstrar para o Ministério da Educação que a primeira remessa de dados não era a correta”, disse Haddad. O ministro acrescentou que, até o momento, não tinha conhecimento sobre “qualquer incorreção” no índice.Segundo matéria divulgada hoje (20) pelo jornal Folha de S.Paulo, houve distorções nos números do Ideb que prejudicaram a cidade de São Paulo.“Quando o censo escolar é preenchido corretamente, não há nenhuma dificuldade. Pode acontecer de uma escola ou de uma prefeitura terem preenchido o censo incorretamente. Aí a natureza do problema tem o seu protocolo: a prefeitura ou a escola informa ao Ministério da Educação e o ministério divulga o dado corrigido. Isso se for preenchido incorretamente”, destacou o ministro. Haddad afirmou que a correção dos dados pode ser feita em prazo de dias, caso o responsável pelo fornecimento dos dados no município aponte o erro rapidamente.Para o ministro, o indicador é importante “para mostrar o que se passa em cada escola pública, em cada rede pública, para que possamos corrigir rumos, identificar deficiências e disseminar as boas práticas que forem identificadas”.“Minha avaliação é que o ministério conseguiu cumprir as metas de 2009 e isso anima o sistema educacional brasileiro, embora tenhamos que reconhecer que estamos distantes do sonho de pertencer ao grupo de nações desenvolvidas educacionalmente. Mas agora, finalmente, estamos pelo menos no caminho correto”, disse.O Ideb avalia estudantes do ensino fundamental e médio e é um termômetro da qualidade do ensino no país. O índice foi divulgado pela primeira vez em 2006, com os resultados referentes a 2005.