Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Operação João de Barro,deflagrada hoje (20) pela Polícia Federal para prisão depessoas envolvidas em desvio de recursos destinados àconstrução de casas populares e estaçõesde tratamento de esgoto em projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não teveorientação política. A afirmaçãofoi feita pelo Ministro da Justiça, Tarso Genro, em entrevistacoletiva à imprensa. "Todas as buscas, mandados de prisão einvestigação, não têm destinaçãovoltada a qualquer região, facção políticaou ideológica. Obedece estritamente o trabalho dos órgãostécnicos do governo”, afirmou.Segundo o ministro, os 231 mandados de busca eapreensão e 38 mandados de prisão efetuados em 119municípios de sete estados, são operaçõesnormais e devem continuar acontecendo. Ele ressaltou que o sucessodas operações da Polícia Federal se devem à articulaçãopermanente do Ministério da Justiça e do MinistérioPúblico Federal.Tarso respondeu aos jornalistas que o fato de aoperação ter o objetivo de impedir desvios de recursosde obras do PAC nãosignifica que o programa deve ser interrompido para uma avaliação.Segundo o ministro, o programa deve ser acelerado, e a possibilidademaior de de desvios em obras do PAC se deve ao fato de ele ter muitosprojetos.Os projetos em que a investigaçãoencontrou irregularidades já receberam R$ 700 milhõespara sua execução e outros R$ 2 bilhões poderiamter o mesmo destino. Por conta do crime, sobrava menos dinheiro paraa realização das obras, que não apresentarampadrão de qualidade de acordo com o previsto. Algumas casas,inclusive, estavam com metragem inferior à determinada noprojeto original, informa a nota da PF.