Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente doTribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, no Rio deJaneiro, desembargador Castro Aguiar, suspendeu nesta sexta-feira(20) a decisão da juíza Regina Coeli, da 18ª VaraFederal do Rio de Janeiro, que havia determinado a retirada dastropas do Exército que atuam no Morro da Providência, nocentro da cidade.Por enquanto osmilitares ficarão delimitados à Rua Barão deGamboa, no bairro de Santo Cristo, para garantir a segurançados engenheiros militares que participam das obras do projeto CimentoSocial e para a proteção dos equipamentos utilizadosnos canteiros, determinou o desembargador. Também ficouestabelecido que o governo federal terá um prazo até apróxima quinta-feira (26) para apresentar uma soluçãodefinitiva para a segurança do local.O desembargador CastroAguiar considerou que a atuação do Exército nolocal “não poderá alinhar-se em situaçãode exercício de segurança pública, nem emsituação de garantia da lei e da ordem, resguardadaapenas sua atuação meramente administrativa, norestrito âmbito do que requer a consecução doconvênio e a segurança do pessoal e do materialmilitares envolvido”.O advogado querepresenta as famílias dos jovens assassinados por traficantesdo Morro da Mineira, João Tancredo, defendeu a saída doExército da comunidade. “Tanto o Exércitoquanto a Força Nacional são militares que vêm deoutros lugares e não conhecem o dia-a-dia da comunidade. Acomunidade não precisa disso porque ela é extremamenteordeira. Deve-se parar de tratar comunidades de gente pobre comolugar de bandido”, afirmou.