Justiça nega pedido para soltar filho da governadora do Rio Grande do Norte

14/06/2008 - 18h20

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Das das 13 pessoaspresas ontem (13) pela Polícia Federal no Rio Grande do Norte,quatro foram liberadas depois de prestar depoimento. Noentanto, o filho da governadora Wilma de Faria (PSB), o empresárioLauro Maia, continua preso com mais oito pessoas suspeitas de integar um esquema de fraude em licitações públicas.Hoje (14), o TribunalRegional Federal da 5ª Região, que abrange osestados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, negouhabeas corpus para Lauro Maia, mas atendeu parcialmente o pedido feito por seuadvogado, Erick Pereira, fixando prazo de cinco dias para a prisãotemporária.Dessa forma, se a PF não pedir prorrogação do prazo da temporária, Lauro Maia será solto no máximo na próximaterça-feira (17). De acordo com Pereira, Lauro se encontra preso namesma cela que os outros acusados de fazer parte do suposto esquemade fraude em licitações, desmantelado pela PF na Operação Hígia.“Isso não faz sentido.O motivo alegado para a prisão de todos os suspeitos era queeles não se reunissem. Mas eles estão presos na mesmacela”, questionou o advogado.Ontem e hoje, a PFouviu os depoimentos de Jane Alves de Oliveira, ex-candidata a a vereadora em Natal; do empresário Mauro Bezerra, dono daempresa Líder; de Luciano deSouza, funcionário da Líder; de Andreson Miguel da Silva, da empresa AIG; de Francenildo Rodrigues Castro;  funcionárioda Procuradoria-Geral do Estado, e de MarcoAntônio França.Jane Alves, AndersonMiguel, Francenildo e Marco Antônio foram liberados. Bezerra eLuciano continuaram presos mesmo depois de ser ouvidos.Também continuampresos, ainda sem prestar depoimento, Maria Eleonora Lopes deAlbuquerque Castim, mulher do secretárioestadual de Segurança Pública e diretora financeira da Secretaria de Saúdedo estado; a procuradora estadual, Rosa Maria Figueiredo; osecretário-adjunto de Esportes, João Henrique AlvesLins Bahia; o empresário Hebert FlorentinoGabriel, do grupo Envipoll; Francisco Alves Júnior, da EST Engenharia; e Ulisses Fernandes Barros.Hoje, parentes e advogados foram até aSuperintendência da PF em Natal para visitar os suspeitos. Osecretário estadual de Segurança Pública eDefesa Social, Carlos Castim, visitou a mulher