Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A escadaria daAssembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj)voltou a servir, hoje (3), de local protesto contra a decisãode revogar a prisão do deputado estadual Álvaro Lins(PMDB). Na semana passada, ele foi preso pela Policia Federal,acusado de corrupção e de chefiar uma quadrilha quevenderia proteção a criminosos e exigiria cotas emdinheiro para policiais de determinadas delegacias. A prisãofoi revogada por determinação do plenário daAlerj.O protesto foirealizado pelo Fórum Rio em Movimento e teve a participaçãodo delegado Alexandre Netto, que fez denúncias contra odeputado Álvaro Lins, ex-chefe da Polícia Civil do Riode Janeiro. O delegado também votou na enquete que pergunta àpopulação se ela concorda com a revogaçãoaprovada pela Alerj.Segundo AlexandreNetto, pessoas envolvidas no suposto esquema montado por ÁlvaroLins continuam em cargos importantes da atual administraçãodo Rio de Janeiro. "É um esquema que vai demorar para serdesmontado e "cabeças coroadas" do governo anteriorainda têm cargos de destaque neste governo", disseNetto.Na madrugada de hoje, o corregedor da Alerj, deputadoLuiz Paulo Correa da Rocha, analisou o relatório da PolíciaFederal sobre Lins. Na próxima semana, Rocha deve apresentarum parecer sobre o documento pedindo ou não a cassaçãodo mandato de Lins por quebra de decoro parlamentar.O subcorregedor daAssembléia, deputado Comte Bittencourt, afirmou que o mandatode Lins está em risco. "Darei meu voto com absolutaisenção, mas entendendo que, se for comprovado nomaterial que vamos receber o que já observamos na imprensa, omandato está em risco", afirmou o Comte.Oprotesto "Não à baixaria na Política"também vai ser realizado na Universidade no Estado do Rio deJaneiro (Uerj), na quinta-feira (5), e no domingo (8), no posto 9, emIpanema. Durante o ato, os manifestantes usam nariz de palhaçoe distribuem a lista com os nomes dos deputados que aprovaram arevogação da prisão de Lins.