Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O aumento das ocorrências de roubo de cargas no país nos últimos cincoanos é um dos motivos recentes para o crescimento da procura devigilância privada. A afirmação é do presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), Jerfferson Simões.Segundo ele, a ocorrência desse tipo de crime fez com que a Polícia Federal permitisse uma flexibilização maior nos serviços de escolta armada, o que acabou refletindo no segmento de segurança privada como um todo. A escolta é um dos quatro tipos de segurança privada, em que os vigilantes acompanham cargas ou transportes de valores para evitar o roubo.Simões aponta também aumento expressivo na busca pela segurança pessoal, modalidade de vigilância privada que tem por objetivo garantir a integridade individual da pessoa que contrata o serviço. Ele informou que a contratação de serviços de guarda-costas por empresários cresceu principalmente no eixo Rio-São Paulo, com o aumento da sensação de insegurança nas duas cidades.“Num país onde praticamente todos os dias só se ouve falar, na imprensa, em crime, assalto, roubo, essas coisas todas amedrontam a sociedade. E a sociedade fica com uma sensação muito grande de insegurança. Infelizmente, a segurança pública não está respondendo aos anseios da sociedade”, afirmou Simões.De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de segurança privada teve receita líquida de R$ 9,96 bilhões em 2005 no país, valor 92% superior ao registrado em 2000 (R$ 5,17 bilhões). O presidente da Fenavist acredita que há espaço para mais crescimento nos próximos anos. “Não é só no Brasil – a segurança privada vem crescendo no mundo todo. Ela é uma extensão da segurança pública e vai aonde a segurança pública não pode ir. Ela tem realmente a tendência de um bom crescimento em todas as áreas, tanto em segurança eletrônica quanto na área patrimonial”, disse Simões.