Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O governo anuncia amanhã (27) três medidas para incentivar e melhorar aprodução agrícola no país, anunciou hoje(26) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,Reinhold Stephanes, após participar de almoçopromovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. A primeira, segundo Stephanes, será umamedida provisória que estabelece a restruturaçãodas dívidas rurais em todos os setores da atividade. O montante total do débito é de R$ 87 bilhões,mas ele não será renegociado integralmente.De acordo com oministro, a segunda medida criará, por meio de decreto, adidosagrícolas do Brasil nos principais mercados de interessenacional, como Estados Unidos, União Européia, Rússia,Japão, China, África do Sul e Argentina.A terceira medida deapoio à atividade agropecuária, informou o ministro, éum projeto de lei que cria um fundo de catástrofe para darsustentação ao um sistema de seguros para a áreaagrícola. “Eu diria que isso é indiretamente umresseguro, só que ele só se aplica em momentos decatástrofes maiores e isto é regulado pelo próprioprojeto de lei”.Stephanes ressaltou queos recursos serão liberados por emissão de títulospúblicos ou resgatados de acordo com as necessidades. “Comojá temos cálculos de probabilidade de médio elongo prazos, então isso acaba se compensando. O volume vaisendo de acordo com as necessidades”.O ministro tambémreiterou que o aumento dos preços dos alimentos estáligado ao crescimento do consumo em todo o mundo. Segundo ele, oBrasil pode contribuir para a queda dos preços expandindo aprodução. “A decisão de governo para o Brasilcolaborar com o mundo é produzindo mais excedentes. Então,o Brasil, além de alimentar sua população, alémde produzir energia limpa, tem que aumentar sua produçãode excedentes para ajudar a equilibrar as necessidades do mundo. Édessa forma que vamos nos comportar”.Ainda segundo oStephanes, o próximo plano de safra já estásendo discutido com o Banco Central, o Ministério da Fazendae presidência da República. A meta é fazer comque o Brasil continue batendo recordes em termos de produção.“Essa é a melhor maneira que o Brasil tem de colaborar com omundo e com ele mesmo e aproveitar uma janela de oportunidades que seabriu para o país”.