Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Cercade 2,5 mil homens da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aderiram àparalisação de 24 horas realizada ontem (25), informou opresidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais,Gilson Dias da Silva. Para ele, o saldo foi positivo."Podenão ter sido a melhor hora, mas o governo não verificou qual era amelhor hora para fazer uma negativa do acordo feito com a categoria.Talvez, para a população não tenha sido a melhor hora, mas para ospoliciais foi a hora que chegou e não poderíamos deixar de fazer [a paralisação]",disse Gilson Dias em entrevista à Agência Brasil. Ele negou que a data tenha sido escolhida por ser o último feriado prolongado do ano. Segundoa federação, o governo ainda não cumpriu acordo firmado em março com acategoria que prevê a exigência do diploma de nível superior para novospoliciais e parcelas de reajuste salarial para julho, e não novembro,como determina a medida provisória que sela o acordo. Opresidente da federação reafirmou que, se não houver acordo com o governo, oindicativo de greve será mantido para o próximo dia 30. "Esperamos que o governoesteja sensível às nossas reivindicações e que volte atrás na questãode manter essa não-contemplação da categoria com o nível superior paraingresso na carreira." Apesardo balanço oficial sobre os acidentes no feriado ainda não ter sidodivulgado pela PRF, Gilson Dias adiantou que a fiscalização paraverificar a venda de bebidas alcoólicas nas estradas foi prejudicada.Por outro lado, ele acredita isso não deve ter influenciado no númerode mortes nas rodovias."Houve um prejuízo [na fiscalização],mas parece que população está mais consciente de suas obrigações e, porconta disso, não deve ter havido [aumento no] número de acidentes por conta dabebida alcoólica", argumentou. A PRF deve divulgar ainda hoje (26) o balançodos acidentes ocorridos nas estradas durante o feriado.