Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo vai decidirna segunda-feira, durante reunião da coordenaçãopolítica, uma forma de aumentar a arrecadação para investir naárea da saúde, segundo informou o ministro de RelaçõesInstitucionais, José Múcio Monteiro.O objetivo écompensar o fim da Contribuição Provisória sobreMovimentação Financeira (CPMF) e a provávelaprovação da Emenda à Constituiçãonº 29, que obriga o governo a investir R$ 20 bilhões emsaúde até 2010. O texto já foi aprovado noSenado e deve entrar na pauta da Câmara após o feriadode Corpus Christi, na próxima quinta-feira (22).“Não tem nadadefinido, o que estamos fazendo é um levantamento, umaavaliação. Vamos bater o martelo na reunião de segunda”, disse Múcio. O ministro confirmou que o governo estuda criar um novo imposto sobremovimentações financeiras, com alíquota de0,08%, e elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)cobrado da indústria do cigarro.A providênciapara aumentar a arrecadação começou a tomarforma na quarta-feira (14), quando a bancada do PMDB comunicou ao ministroda Fazenda, Guido Mantega, que vai votar a favor da Emenda 29, poisseria inviável rejeitar um texto aprovado pelo Senado.No dia seguinte, Múcioe Mantega reuniram-se com o líder do governo na Câmara,Henrique Fontana (PT-RS), e o ministro da Saúde, JoséGomes Temporão. Chegaram à conclusão de que,aprovada a Emenda 29, o governo não terá como cumpriras obrigações na área de saúde sem umanova fonte de receita.