Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com o objetivo de mobilizar e articular as comunidades einstituições da Baixada Fluminense em torno do papel que o desenvolvimentocientífico e tecnológico deverá desempenhar nesta nova fase de crescimento dopaís, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) estará realizando naregião, de amanhã (7) a sábado (10), sua reunião semestral – que ocorre emdiferentes estados duas vezes por ano.Com o tema Educação e Ciência para o DesenvolvimentoSustentável da Baixada Fluminense, o encontro será aberto nesta quarta-feira em Duque de Caxias, com a presença do ministro da Ciência eTecnologia, Sergio Resende.Esta é a primeira vezque dois municípios da Baixada Fluminense - o outro é Nova Iguaçu – abrigameventos dessa natureza. A expectativa dos organizadores é de que o encontro reúna cerca de 30 mil participantes nas duas cidades até opróximo sábado (10).A idéia da reunião, segundo o presidente da SBPC, MarcoAntonio Raupp, é utilizar a ciência e a tecnologia para “transformar” a BaixadaFluminense. “Nós queremos trabalhar integrados com várias instituições, tantopúblicas quanto privadas, que atuam na baixada. Esta é nossa idéia,mobilizar, informar e atrair. Este é um primeiro evento para o desenvolvimentode uma cooperação permanente com as instituições instaladas na região. Queremos utilizar a ciência e a tecnologia como forma detransformação da qualidade de vida do povo da Baixada”, disse Raupp.Para ele, é preciso fazer com queesta nova fase de desenvolvimento industrial por que passa o país ofereça oportunidades de trabalho qualificado à população daregião.“É necessário mostrar para a sociedade de uma maneira geralo importante papel que tem a ciência neste novo modelo de industrialização dopaís".O presidente da SBPC defendeu ainda a necessidade de que o país desenvolva “grande esforço de integração entre asesferas federal, estaduais e municipais para começar a formar professoresqualificados, que possam preparar a população para o desempenhodas oportunidades de trabalho que surgirão”.Em sua avaliação, “existe grande déficit na questão doensino da ciência no país, e a questão da promoção do ensino técnico dequalidade nessas regiões é fundamental para que as populações sintam osbenefícios da industrialização”. De acordo com o presidente da SBPC, ao criar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) daCiência e Tecnologia – que prevê investimentos de R$ 41 bilhões nos próximos trêsanos na área científica – o governo federal abriu caminho para que odesenvolvimento cientifico e tecnológico passe a ser protagonista dodesenvolvimento industrial. É um volume bastante adequado e nós temos agora queapresentar projetos que utilizem e transformem estes recursos em oportunidades.É preciso que a ciência seja protagonista neste processo e esta é aoportunidade para que isso ocorra”.Para Raupp, pela primeira vez o desenvolvimento científicofoi colocado “no ponto central deste desenvolvimento, uma vez que o governo vemadotando um modelo centrado na competitividade das empresas: inovartecnologicamente para dar competitividade internacional às empresas do país. Eeste é o desafio colocado pelo governo. Nós, da comunidade científica,não podemos perder esta oportunidade”.Entidade da sociedadecivil sem fins lucrativos, a SBPC está voltada principalmente para adefesado avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional ecultural. Com esses objetivos, ela promove uma reunião anual e,semestralmente, encontros regionais, realizados em estadosdiferentes. Participam dessas reuniões cientistas, professores,estudantes, profissionais, trabalhadores e demais interessados nadiscussão de temas ligados à ciência etecnologia.