Preço justo para leilão da energia de Jirau é R$ 91 por megawatt, diz Tolmasquim

10/04/2008 - 13h16

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, defendeu hoje (10) o preço máximo de R$ 91 por megawatt/hora para o leilão de energia da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). Ontem (9), o Tribunal de Contas da União recomendou teto de R$ 85. A data do leilão deve ser definida hoje."Quando fazemos uma análise de preço o objetivo não é chegar ao valor final do leilão. Tentamos chegar a um valor inicial justo para começar uma competição", disse Tolmasquim à imprensa, ao participar de seminário sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável."Fixamos os R$ 91 e deixamos a competição agir. Como terá, provavelmente, mais de um competidor na disputa, se definirá o valor real do empreendimento, que poderá ser até abaixo dos próprios R$ 85".Tolmasquim explica também que a usina de Jirau embora tenha capacidade maior de geração que a de Santo Antonio - também no Rio Madeira - não pode operar com toda a capacidade para não afetar a Bolívia e, por isso, vai gerar 11% a menos de energia."Pelo acordo que se tem de não impactar a Bolívia terão que operar de tal maneira que não poderão gerar tudo o que poderiam se pudessem chegar lá". A Usina Hidrelétrica de Jirau tem capacidade de gerar 3.300 megawatt/hora e a de Santo Antônio, 3.150 megawat/hora.Segundo o presidente da EPE, os custos iniciais de geração já foram reduzidos em 3,9 bilhões após uma análise da taxa de retorno e de risco e análise sobre as isenções fiscais "que precisavam de um entendimento na Amazônia e no [Programa de Aceleração do Cresicmento] PAC"."É uma tarifa justa, boa [de R$91]. Pela prudência, devemos mantê-la e deixar a competição definir no final de quanto é o deságio que vai ter".