MEC instala Comissão Nacional de Educação no Campo para diminuir desigualdades no ensino

10/04/2008 - 18h44

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dezenove representantesde movimentos sociais e sindicais do campo, de entidades de educaçãoe dos Ministérios da Educação (MEC) e doDesenvolvimento Social compõem a Comissão Nacional deEducação no Campo, instalada hoje (10) pelo ministro da Educação, FernandoHaddad.A principal funçãodo colegiado é assessorar o MEC na formulação depolíticas de educação no campo. Durante acerimônia, Haddad reconheceu a enorme distância que existeentre a educação nos centros urbanos e nas áreasrurais e ressaltou que o índice de analfabetismo nocampo é quatro vezes maior. “Equalizar as oportunidadeseducacionais é o nosso desafio e aí a questão docampo emerge com uma força desconcertante”, avaliou.Para asecretária-executiva da comissão, Sara Lima, alémde vencer o desafio de estabelecer a eqüidade, as políticas precisamcontemplar a diversidade no campo. “A própria forma de vida,os tempos, a organização familiar, tudo édiferente em relação à cidade. Cada povo tem suahistória, sua forma de valorizar suas vivências e issoprecisa ser respeitado”, defendeu.A participaçãodas entidades do movimento social do campo é fundamental parao desenvolvimento das políticas públicas, apontou osecretário de Educação Continuada, Alfabetizaçãoe Diversidade, André Lázaro. “Hoje quando vocêestuda os indicadores educacionais no Brasil e olha a questãoentre campo e cidade, é onde está a maior desigualdadede acesso a educação no Brasil”, destacou.Amanhã (11) o grupofecha o plano de trabalho para 2008. O objetivo é fazer reuniões pelo menos trêsvezes por ano para a elaboração de demandas. A comissãoé formada por membros da União Nacional dos DirigentesMunicipais de Educação (Undime), Conselho Nacional deSecretários de Educação (Consed), CentrosFamiliares de Formação por Alternâncias (Ceffas),Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura(Contag), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federaçãodos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), Movimentos dosAtingidos por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres Campesinas(MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e RedeEducacional do Semi-Árido Brasileiro (Resab) .