Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O anúncio hoje(10) do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), de quevai aumentar a verba de gabinete dos 513 deputados agradou àslideranças partidárias. Todos defendem uma reposiçãosalarial para os secretários parlamentares – servidorescontratados pelos deputados para prestarem serviços em seusgabinetes. Chinaglia encomendou umestudo para saber dos aumentos concedidos aos servidores do Executivoe do Judiciário. Ele informou que pretende na próximareunião da Mesa Diretora da Câmara debater com ocolegiado sobre o reajuste."Se nósdeliberarmos, eu vou anunciar, da cadeira de presidente, qual éo reajuste. Antecipo que vai haver a reposição dainflação e pretendemos também dar um aumentoreal", adiantou.A verba que cadadeputado recebe atualmente para pagar os servidores do gabinete –hoje cerca de 9.500 -, que variam de cinco a 25, é de R$50.800. A última vez que esse valor foi reajustado foi em2005. O líder do PT,deputado Maurício Rands (PE), defendeu o reajuste com oargumento de que a última vez que eles tiveram aumento desalário foi em 2005, na gestão do entãopresidente da Câmara Severino Cavalcanti, acrescentando que aConstituição estabelece que deve haver um reajusteanual para os servidores públicos."É precisoque se faça o reajuste dos servidores e é preciso darum aumento real", defendeu Rands.O líder do DEM,deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), tambémdefendeu o reajuste, mas com critérios e dentro de limites. "Acho que oreajuste dentro de limites é necessário. Temos inflaçãoque eleva o custo de vida dos brasileiros e não é justoque os parlamentares tenham reajuste e os funcionáriospúblicos em geral, e que os funcionários dosparlamentares não tenham reajuste".